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sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Inverno

Faz frio em teus olhos
Já não resplandece a paixão
Do amor não se vê o brilho
Teus sonhos foram em vão

Faz frio em tua alma
Apagou-se o calor do verão
Extinguiu-se como uma chama
Abraçou-te a escuridão

Pálida é tua face
Sem o rubor d'uma conção
Silêncioso o pranto nasce
Do âmago de teu coração

Amor


Que é o amor
Se não um punhal
Banhado de pura dor
Que nos traz eterno mal?

Folhas jogadas ao vento
Inutilmente rastejamos
Tomados de angustiante tormento
Ao terrível amor pranteamos

O amor nos traz a morte
De nossas almas suplicantes
Fere-nos como profundo corte
Deixa-nos totalmente ignorantes

O amor não é cego
Ele é cruel
Destroi-nos o ego
Enxe-nos de fel

Então por que teimamos em continuar
A buscar pelo amor
Sem nos importar
Com a iminente dor?

Esta Noite


Acima de tudo brilha o céu estrelado
Adentra pela janela a brisa morna
Sob o piano o cálice quebrado
Pela madrugada não há nenhuma norma

Repouso em teu abraço quente
Sobre o tapete bege e feupudo
Nada para ocupar nossa mente
Olhamo-nos em silêncioso estudo

Não me importa o amanhã ou o ontem
Esta noite você pertence a mim
Isso não é uma ordem, mas
Apenas me diga que sim

Lá fora os carros cantam
Pessoas andam nas ruas tortas
As horas, não vi, elas saltam
Mas quem disse que isso importa?

Tua boca na minha pele
É tudo o que posso sentir
Pensar no amanhã não me fere
Pois esta noite você pertence a mim